Nós do Blog Gremistas de Canguçu, desejamos a todos que por aqui passam diariamente um Feliz 2010, repleto de realizações, com muita saúde, paz e felicidade. E que seja um ano de muitas conquistas e titulos para o nosso Tricolor.
Feliz ano novo para todos!
Palco de jogos históricos na várzea de Porto Alegre, o Complexo Santo Inácio desde o último dia 20 deixou de lado o amadorismo para virar palco de um dos maiores estádios de futebol da América Latina. A última partida disputada no espaço que abriga oito campos oficiais foi organizado por membros da comunidade no Orkut Arena do Grêmio, que conta com mais de 80 mil participantes.
O grupo, que até então só se conhecia virtualmente, decidiu fazer uma reunião para debater as novas propostas sobre a Arena. O local do encontro não poderia ser outro.
— Queríamos fazer uma confraternização de final de ano e soubemos da disponibilidade de alugar os campos que serão substituídos pela Arena. Só depois ficamos sabendo que aquele seria o último jogo a ser disputado naquele local. Veio a calhar a a nossa pelada acabou se tornando um jogo histórico — conta Giuliano Vieceli, responsável pela comunidade.
Durante a partida, os defensores do novo estádio do Grêmio já podiam prever detalhes das obras e até mesmo da nova casa já construída.
— Ao logo do jogo, surgia uma série de imagens do futuro tricolor, um futuro promissor, de um clube ainda mais forte — disse Giuliano.
As principais competições disputadas no Santo Inácio, no bairro Humaitá, zona norte de Porto Alegre, foram finalizadas no início de dezembro. Agora, torneios como a Copa Farroupilha e a Copa Uefa terão de encontrar um novo endereço. Segundo José Medeiros, que organiza as duas competições, o jeito será procurar campos na Região Metropolitana.
— Os campos do Santo Inácio são os melhores de Porto Alegre. Provavelmente, teremos que realizar os dois campeonatos em espaços de Canoas — lamenta.
Os torcedores Gremistas da região sul já começaram a mobilização para o jogo de abertura do Gauchão entre Pelotas e Grêmio no dia 17 de Janeiro na Boca do Lobo. A Geral do Grêmio Pelotas é a primeira a se mobilizar, o pessoal está organizando um churrasco para o dia do jogo, torcedores em geral estão convidados a participar, o valor é 20,00 reais e inclui cerveja liberada.
A Geral do Grêmio Rio Grande também está se preparando, a galera começou a organizar uma excursão para o jogo. Já a Geral São Lourenço promete levar muito papel picado e fumaça para a Boca do Lobo.
Em Canguçu a mobilização ainda não começou, mas certamente a torcida daqui estará presente com seus trapos e suas bandeiras.
Já pelo lado Áureo-cerúleo, a equipe começará sua preparação para o Gauchão com um amistoso internacional contra o Cerro Porteño do Paraguai na quinta-feira, dia 07/01. A partida será disputada no estádio da Boca do Lobo e está programada para iniciar às 20h30min.
Com o fim de ano chegando, a apresentação oficial do atacante Leandro deverá mesmo ficar para o início de janeiro. Na última quarta-feira, o jogador que trocou o São Paulo pelo Verdy Tokyo no início de 2008, esteve em Porto Alegre.
Porém, o atleta de 29 anos não foi anunciado pela direção gremista, pois faltavam documentos que chegaram do Japão através do empresário Téo Fonseca nesta segunda.
Com a confirmação de Leandro, o Tricolor já têm garantidos quatro reforços para a próxima temporada: além do centroavante, os volantes Henrique e Ferdinando (também lateral-direito) e o zagueiro Maurício. Hugo e Borges, se não receberem propostas do exterior, também jogarão no Olímpico em 2010.
Pelo jeito, a reunião da tarde desta segunda-feira, entre o atacante argentino Maxi López e os dirigentes do Grêmio não foi tão boa assim. No fim, enquanto o jogador dava uma rápida entrevista explicando que ainda faltam alguns detalhes importantes para o acerto, o diretor de futebol Luiz Onofre Meira garantia que nesta terça-feira o clube exercerá seu direito, previsto em contrato, de depositar o valor de 50% dos direitos federativos e garantir o vínculo.
É apenas uma cautela. Como o prazo para o pagamento dos direitos, avaliados em US$ 1,5 milhão, termina no último dia deste mês, o Grêmio temia perder tempo e não garantir ao menos a metade. Sem isso, todo o vínculo pertenceria exclusivamente a Maxi López e ao FC Moscou.
O jogador continua falando com otimismo sobre o acerto. Disse inclusive que orientou seu empresário a dar prioridade ao Grêmio, clube que apostou nele, esperou por sua adaptação e valorizou sua imagem. Mas há algumas dificuldades.
De qualquer maneira, Grêmio e Maxi López esperam definir tudo até quarta-feira, antes do início do feriadão de fim de ano.
Vamos aos números, gols, destaques, artilheiros, assistências, maiores vitórias, empates, derrotas do Tricolor nesta temporada que se encerra neste mês.
O meia Souza terminou a temporada 2009 como o grande jogador gremista. Os números são incontestáveis, afinal o meia gremista terminou a temporada como artilheiro (24 gols) e recordista em assistências (16 gols). Souza provavelmente só ficou à frente de Jonas (23 gols) graças a lesão do atacante na reta final do Brasileiro, ele que estava à frente nesta lista. O caro atacante argentino Máxi López, que sofreu com algumas lesões, ficou em 3º lugar com 17 gols.
Nas assistências, depois de Souza veio o meia Tcheco, que foi para o Corinthians e passou para 12 gols. A terceira posição é surpreendente: Fábio Santos, mesmo lesionado por vários meses, ficou em 3º lugar com 9 passes para gols. Tivemos ainda 13 gols em rebotes, 10 de pênalti e 8 de falta.
ARTILHARIA TRICOLOR:
# Jogador Gols
1 Souza 24
2 Jonas 23
3 Máxi López 17
4 Tcheco 11
5 Herrera 7
Rafael Marques 7
7 Réver 6
8 Alex Mineiro 5
9 Léo 4
Makelele 4
Perea 4
12 Fábio Santos 3
Reinaldo 3
Ruy 3
15 Adílson 1
Douglas Costa 1
Orteman 1
18 Róberson 1
Cássio (contra) 1
Total 126
ASSISTÊNCIAS TRICOLORES:
# Jogador Assistências
1 Souza 16
Rebote 13
2 Tcheco 12
Pênalti 10
3 Fábio Santos 9
Máxi López 8
Falta 8
5 Alex Mineiro 6
6 Herrera 6
Jonas 5
8 Adílson 4
Jadílson 4
Ruy 4
11 Douglas Costa 4
12 Fábio Rochemback 4
Maílson 2
Túlio 2
13 Isael 1
Joílson 1
Léo 1
Makelele 1
Mário Fernandes 1
Reinaldo 1
Réver 1
20 Róberson 1
Gol Contra 1
Total 126
Empresários gaúchos que assessoram Maxi López perderam uma comissão de 1 milhão de euros quando o Grêmio negou a venda do centroavante ao Werder Bremen, em agosto. O clube deixou de faturar 1,5 milhões de euros no negócio.
Os europeus, então, passaram a seguir o atacante. Olheiros observaram o argentino no Olímpico e fora. Pediram DVDs, especialmente depois de saber que os seus direitos federativos custavam apenas 1,5 milhão de euros junto ao FC Moscou.
A permanência do jogador no Olímpico fugiu do controle dos dirigentes e dos próprios empresários, brasileiros ou argentinos. A decisão é dele e da mulher, Wanda Nara, que deseja viver em Roma.
No horizonte italiano, Maxi enxerga uma bolada de 2 milhões de euros, que engordariam sua conta bancária, mais um salário mensal na Lazio quase duas vezes maior do que seu contracheque gaúcho. Com passaporte europeu, ele quer a Europa, como todos. Na Lazio, ainda vai encontrar os conterrâneos Ledesma, Bizarri, Scaloni, Zárate e Julio Cruz.
Apesar da confiança da direção gremista, só uma reviravolta nas negociações o fará tricolor outra vez.
Clube de maior torcida do país, campeão brasileiro, o Flamengo fechou um contrato de patrocínio generoso para a próxima temporada. Pelo acordo firmado com a Hyermarcas, o clube receberá R$ 28 milhões por ano. Somando a quantia ao pago pela Olympikus, outro patrocinador, o clube terá só aí R$ 70 milhões anuais. Com a participação na rede de lojas espalhadas pelo país, a renda estimada com o fornecedor de uniformes deve atingir R$ 170 milhões até 2013.
Agora, compare com o patrocínio da dupla Gre-Nal: pouco mais de R$ 15 milhões com o principal patrocinador, o Banrisul.
Por que a diferença, já que são clubes mais organizados, sem a crise que sempre ameaça o Flamengo?
Por dois motivos básicos. Um é a força popular do clube carioca e o fato de ele estar sediado no centro do país. Há mais visibilidade e é um mercado mais importante. Gira mais dinheiro e a marca aparece mais.
O outro está na rivalidade daqui.
A rivalidade Gre-Nal ajudou a construir a história vitoriosa dos dois clubes, mas também tem seu lado negativo. A patrulha por aqui é tão intensa que nenhuma empresa se arrisca a patrocinar apenas um dos lados. É preciso investir nos dois, o que torna o negócio muito mais caro _ sem contar aqueles embaraços das cores. Vermelho não pode entrar no Olímpico (lembram da Coca-Cola em preto?) e azul não pode marcar presença no Beira-Rio (lá, o azul do logotipo do Banrisul virou vermelho).
Esta questão da rivalidade e da quase impossibilidade de conseguir patrocinadores diferentes não é apenas uma tese, é uma informação baseada no que dizem dirigentes de Grêmio e Inter e especialistas em marketing. Se uma empresa assina apenas com um, corre o risco de desagradar o outro lado - e ter os negócios prejudicados.
Tem mais. Isso impede que cada clube organize sua própria concorrência para conseguir ofertas menores. As patrulhas são fortes demais.
Agora, o torcedor do Grêmio já pode escalar o paulista Leandro no ataque do Grêmio. Velho sonho dos dirigentes, ele chegou na manhã de ontem, visitou o Estádio Olímpico (foto) e só não foi apresentado oficialmente como jogador do clube porque o Verdy Tokyo não enviou um dos documentos necessários para a confirmação da transferência.
O documento deve chegar nos próximos dias para oficializar a transferência, mas Leandro só será apresentado nos primeiros dias de janeiro, quando a pré-temporada estiver começando.
De qualquer maneira, é uma boa notícia para os torcedores. Enquanto não define a permanência de Maxi López (a resposta do jogador à proposta deve ser dada segunda-feira), nem a chegada de Borges, o clube já consegue um reforço experiente para o ataque.
A Lazio tenta Maxi López. O Grêmio deixou de vendê-lo em agosto passado por 4 milhões de euros. A proposta do Werder Bremen bateu no poste e voltou.
A próxima gera um gol. Não para o Grêmio, só para os italianos. E para o centroavante, lógico.
Aos 25 anos, com passaporte europeu no bolso da jaqueta e gols nos DVDs, Maxi López acha emprego fácil na Europa. Seus direitos federativos custam apenas 1,5 milhões de euros. Pura barbada!
Nem cosidero Maxi López um grande centroavante, está longe dos melhores do mundo, mas funciona bem na realidade brasileira. A Lazio é um clube carente de bons jogadores, 16º entre 20 na Itália de 2009/2010 e não é o melhor (nem o pior) clube para se jogar na Itália. Nem em Roma é o melhor. É, digamos, o segundo melhor.
A Lazio é uma vitrina europeia. Maxi pode encontrar novas oportunidades, quem sabe outras equipes de ponta. Ele deixa o Olímpico (só um milagre o segura em Porto Alegre), de olho no segundo melhor campeonato do mundo, num salário superior, na capital romana, na Europa. Não conheço jogador que tenha resistido aos encantos europeus.
O fá não perdoa. Sente. É apaixonado, jogador pode ser Deus, pode ser Diabo.
O torcedor menos fanático entende. Eu aceito. Viver e jogar na Europa, receber em euros, é muito melhor. Vale para Maxi López. Vale por toda uma multidão de latino americanos que buscam uma outra vida em outro continente. Nos seus melhores sonhos, o jogador de futebol sempre está marcando gols, comemorando títulos nos grandes times europeus. Não há sonho desejo superior.
Ao deixar a Argentina, Maxi saiu do River por 7 milhões de euros. Na Europa, em quatro clubes, nunca recuperou seu faro de gol. Foi reencontrá-lo no Olímpico. Outro Olímpico, o de Roma, será a sua nova arena.
Bola Dividida
Em meio à festa pelo título do Brasileiro Sub-20, desta terça-feira no Passo d’Areia, o diretor de futebol do Grêmio, Luiz Onofre Meira, confirmou que deve anunciar hoje a contratação do atacante Leandro, do Verdy, do Japão, um velho sonho do clube.
Leandro, 29 anos, paulista de Ribeirão Preto, vem sendo pretendido pelo Grêmio há muito tempo. Este ano, o negócio quase foi definido, Leandro já fazia planos para a vida em Porto Alegre, mas não foi possível conseguir a liberação dos japoneses. Agora, pelo jeito, tudo foi definido.
É um atacante que cai no agrado do Grêmio por ser lutador e competitivo. Seu contrato com o Verdy Tokyo vai até o fim de 2011, mas o Grêmio está conseguindo uma forma de driblar o obstáculo e conseguir os direitos federativos do jogador.
O Grêmio tenta segurar Maxi López, aguarda o ok de Borges, libera Perea e Herrera, mas se esquece de Jonas (camisa 7 na foto), 25 anos. Goleador da equipe no Brasileirão, 14 gols (24 na temporada), o atacante ainda não sabe se fica no Estádio Olímpico, se continua no Brasil, se troca de continente.
Propostas reais, por enquanto, ainda não apareceram. Só sondagens de empresários.
Jonas tem contrato com o Grêmio até dezembro de 2010. Seu irmão e empresário, o advogado Tiago Gonçalves Oliveira, 33, desembarca em Porto Alegre nos primeiros dias de janeiro. Quer tratar do futuro do irmão. Clarear a situação.
– A lesão no final do Brasileirão foi um golpe. O Jonas sentiu muito. Seu ano poderia ter se encerrado de uma maneira muito mais positiva – conta Oliveira, que passa as férias ao lado do irmão, dos pais, dos primos e dos avós em Taiúva, cerca de 400 quilômetros da capital paulista.
Se o Grêmio não renovar em janeiro, Jonas, que busca passaporte italiano, sairá de graça do clube em dezembro de 2010. O Grêmio detem 50% dos direitos federativos do atacante. A outra parte está dividida entre Jonas (30%) e Santos (20%).
Tudo indica que a torcida tricolor receberá uma péssima notícia nesta terça-feira. Depois de um início de semana repleto de reuniões em Buenos Aires, crescem cada vez mais os indícios de que Maxi López irá atuar na Lazio em 2010.
Logo após a primeira reunião, realizada na tarde desta segunda-feira, Cláudio Baptista, integrante do departamento jurídico do Grêmio, se mostrava bastante otimista em relação a permanência do jogador no clube. No entanto, já no final da noite, depois que Maxi López e seus representantes já haviam se reunido por mais duas vezes, a confiança já não era a mesma:
– Só amanhã vou poder te dizer alguma coisa. Agora não posso afirmar nada – disse Cláudio Baptista, um dos representantes do Grêmio em Buenos Aires. Junto com ele está Gilmar Machado, do departamento financeiro.
O Grêmio tem conhecimento de que Maxi López esteve em Roma durante as férias e conversou com os dirigentes da Lazio. Segundo eles, o argentino não tem nada assinado com o clube italiano. No entanto, a imprensa europeia afirma que o jogador já pertence ao clube de Roma.
Luiz Onofre Meira, vice-presidente de futebol, afirma que ao Grêmio não interessa comprar Maxi López por € 1,5 milhão e repassar aos italianos por € 2 milhões, como vem sendo especulado.
– A questão se resume a ele querer jogar no Grêmio ou não. Se ele preferir ir pra Lazio, o Grêmio será recompensado. Mas vamos saber somente nesta terça-feira – disse o presidente Duda Kroeff.
Uma nova conversa com Dario Bombini, empresário argentino de Maxi López, está marcada para o início da tarde desta terça-feira, novamente em Buenos Aires. A definição oficial deve sair após esta conversa.
CLICESPORTES
Quem já visitou o site do Grêmio hoje reparou que muita coisa mudou. O portal foi modificado para facilitar o acesso às informações mais procuradas, como compra de ingressos e serviço de jogos.
O site foi desenvolvido pela empresa W3haus. Visite o site gremista e diga o que você achou do novo visual.
Segunda-feira cedo o Grêmio manda um emissário a Buenos Aires. Avisa o centroavante Maxi López e os seus empresários argentinos que os 1,5 milhões de euros necessários para a aquisição de 50% dos seus direitos federativos já estão disponíveis no Olímpico.
Falta agora contatar os russos do FC Moscou, o que será feito logo depois, talvez segunda mesmo.
Fonte: Bola Dividida
O Grêmio estoura foguetes com a venda de Léo ao Palmeiras. A dívida de R$ 8 milhões, ainda dos tempos da administração José Alberto Guerreiro, caiu para R$ 1,5 milhão, que poderá ser paga em até 15 vezes.
A dívida estava correndo na Justiça, o Grêmio não poderia mais recorrer e ainda precisaria quitar o valor à vista. Poderia até perder o centro de treinamento do bairro Cristal, das escolinhas, que servia como garantia de pagamento ao clube paulista.
Nos mesmos moldes da votação para a escolha da camisa do Exército Gremista, o Grêmio ouvirá a opinião do torcedor na definição dos modelos do time para 2010. Segundo o vice de marketing Cesar Pacheco, o clube fará uma votação pelo site para eleger o segundo ou o terceiro fardamento.
– A camisa vai ser mais tradicional, clássica – explicou Pacheco.
– Os torcedores gostariam de ajudar a escolher a camisa. Precisamos ouvir o mercado. Fizemos com o Exército e obtivemos sucesso – explicou Caco Keller, gerente executivo de marketing.
A Puma tem contrato com o clube até o fim de 2010. O Grêmio estuda propostas de outras fornecedoras além da atual, como Adidas, Olympikus e Penalty.
– O Grêmio não quer fazer nenhum leilão, mas as propostas vêm em altos valores e estamos pegando tudo por escrito. No momento certo será definida a melhor parceira para a partir de 2011 – salientou Cesar Pacheco.
Fonte: Clube do Bolinha
Não é nenhuma contratação a se confirmar, pelo menos não neste momento. Mas o Grêmio sondou o meia Gallardo, do River Plate. O jogador já tem 33 anos, mas tem muita técnica e velocidade. Ele joga mais como articulador da equipe, é o organizador. Além do Tricolor, outros clubes brasileiros mostraram interesse nele.
O Grêmio estava procurando um meia. Hugo deve acertar, se não chegar uma proposta melhor da Europa até janeiro. Roger Flores foi descartado pela direção, não tem chance alguma de voltar.
E assim o Grêmio segue na busca por reforços. O volante Henrique (Campinense) e o também volante e lateral Ferdinando (Avaí), já estão confirmados. O zagueiro Maurício deve trocar o Palmeiras pelo Grêmio, na ida de Léo ao clube alviverde. Hugo e Borges estão acertados, e Leandro ainda não tem futuro definido. Ou segue no Japão, ou vai para o Olímpico. O lateral-direito ainda é uma incógnita.
Tudo indica que os dirigentes do Grêmio não acreditam mesmo no potencial do jovem meia Douglas Costa (foto), 19 anos. Apesar de ter chegado ao fim da temporada com boas atuações no time titular, mostrando que precisava de uma sequência de jogos para se firmar, ele estaria perto de deixar o Olímpico.
No fim da tarde desta terça-feira, a Rádio Gaúcha divulgou informação de que um grupo de investidores europeus teria encaminhado proposta de 7 milhões de euros, pouco mais de R$ 18 milhões, pelos direitos federativos do jogador. O clube (que não confirmou a proposta, oficialmente) aceitaria o valor, desde que mantivesse 20% sobre os direitos de Douglas Costa.
É surpreendente. Convertidos em reais, os euros oferecidos podem parecer uma proposta sedutora para um grande clube ainda envolvido em dificuldades financeiras, mas é pouco pelo potencial de Douglas Costa. Sem contar aí que ao menos 20% do dinheiro terá de ser colocado no condomínio dos credores do clube.
Douglas Costa é uma das grandes apostas para o próximo ano. Com um técnico novo, valorizado pelo fim da temporada e certamente motivado para finalmente conquistar seu espaço no futebol brasileiro, ele tem sido encarado como um futuro destaque do time - a não ser que a proposta se confirme e ele seja mesmo vendido. Para o torcedor do Grêmio, o melhor é que tudo fique no terreno da hipótese.
Não é questão de absolver ou relativizar os erros da gestão do presidente Duda Kroeff e do vice de futebol Luiz Onofre Meira. Mas é duro ter pés e mãos amarrados no passado na hora de se mexer para formar um time. É o que está acontecendo no Grêmio.
E não é de hoje. Foi assim na gestão de Paulo Odone também, quando os resultados vieram de forma mais eloquente e a Libertadores de 2007 só parou no Boca Juniors de Riquelme.
Por isso o Grêmio vive a situação surrealista e deprimente de praticamente entregar o zagueiro Léo ao Palmeiras em troca de uma dívida de quase 10 anos.
Recordar é viver: um Paulo Nunes em fim de carreira voltou em 2000 acarinhado pelo milhões fáceis da mesada mensal da International Sports Leasure, a famigerada ISL que quebrou e levou as finanças do Grêmio de arrasto. Nada, ou quase nada, foi pago ao Palmeiras.
A dívida cresceu até chegar a R$ 8 milhões e, agora, Meira cogita repassar Léo e garantir ao menos a vinda de outro zagueiro, que seria Maurício, o da troca de socos com Obina no intervalo do jogo no Olímpico.
Não é só isso. De cada jogador vendido, 20% do dinheiro (o percentual varia conforme o caso) vão para o condomínio de credores, basicamente construído neste período nefasto, no qual negociações e contratos astronômicos foram assinados pelo clube antes de a ISL falir no meio do caminho e deixar o Grêmio atolado em dívidas.
Assim, se Réver for mesmo vendido por cerca de R$ 12 milhões para a Lazio, só R$ 6 milhões ficam nos cofres do clube. Um naco (45%) vão para o Paulista, de Jundiaí. Outros 20% o condomínio compromete.
E assim o Grêmio vai caminhando, sem nunca ter dinheiro na mão para formar time. Terminou? Pior que não.
Para se livrar de ações judiciais que tem o Olímpico como objeto de penhora, o Grêmio exercita uma ginástica comovente. Um exemplo: Zinho, que jogou entre 2000 e 2002. Ele tinha uma dívida, herança da ISL e da gestão José Alberto Guerreiro. Após seis anos e três gestões, saiu o acordo.
O débito atualizado? R$ 7,4 milhões. O acordo? Parte do dinheiro do novo contrato com o Banrisul será repassado a Zinho, como entrada. O resto foi quitado com percentual dos direitos de jogadores. Um deles é Victor. Então, no dia que Victor for negociado, quem sabe depois da Copa da África, uma parte do montante arrecadado vai para o condomínio de credores, outra para o bolso de Zinho... e assim por diante.
O Grêmio está com pés e mãos atados a um passado nefasto do ponto de vista financeiro. Este é o ponto.
Por Diogo Olivier
Pelas informações divulgadas pelo próprio empresário do jogador, a venda dos direitos federativos do zagueiro Réver para a Lazio, da itália, está praticamente definida. Até aí, nada estranho. O torcedor dos grandes clubes brasileiros se habituou com a desculpa dos dirigentes de que é preciso vender ao menos um grande jogador por ano para equilibrar as finanças, mas bem que a valorização poderia ser bem maior.
Réver, um dos melhores zagueiros do futebol brasileiro de hoje, seria vendido por 5 milhões de euros, pouco mais de R$ 12 milhões. Do total, o Grêmio ficaria com 55%. O restante seria dividido entre o Paulista, de Jundiaí, que detém 25% dos direitos, e um investidor (20%). Ou seja: no caso do Grêmio, pouco dinheiro para resolver alguma dificuldade financeira.
O Jogo das Estrelas, que levou 33 mil pessoas ao Olímpico no último sábado e marcou a despedida do goleiro Danrlei dos gramados, arrecadou cerca de 12 toneladas de alimentos. Os produtos serão doados para instituições de caridade.
Além de entregar alimentos, os torcedores também poderiam comprar ingressos por R$ 5,00. Esses recursos também serão usados na compra de comida para pessoas necessitadas.
Depois de perder de goleada para o Atlético-PR na estreia do Campeonato Brasileiro Sub-20, o Grêmio reagiu e conseguiu uma sequência de duas vitórias consecutivas que o colocaram na liderança do Grupo 2. No meio da semana, o time treinado por Andrey Lopes havia derrotado o Santos. No sábado, o rival era o Avaí. Em um jogo muito disputado, o Tricolor derrotou a equipe catarinense pelo placar de 1 a 0, gol marcado pelo zagueiro Spessato.
A partida foi disputada no Estádio Presidente Vargas, em Santa Maria. Com o gramado longe das melhores condições, as bolas paradas erguidas na área foram bastante utilizadas pelas equipes.
No primeiro tempo, o Tricolor soube tirar proveito de uma cobrança de escanteio feita por Ricardo Maria e marcou o único gol do jogo através de Spessato, cabeceando no canto. Na segunda etapa, o Grêmio perdeu o atacante Everaldo, expulso, mas conseguiu manter o resultado.
Segunda-feira, o Grêmio volta a campo para enfrentar o Atlético-MG. A partida será às 19h, novamente no Estádio Presidente Vargas, em Santa Maria.
CLICESPORTES
A CBF atualizou na última sexta-feira o ranking nacional de clubes. O Grêmio mantém a liderança e houve apenas uma alteração nas dez primeiras colocações: campeão da Série A, o Flamengo ultrapassou o rival Vasco, campeão da Série B.
| Confira os 20 melhores em cada categoria | ||
| Ranking da CBF | Posição e pontuação em 2008 | |
| 1º Grêmio - 2.092 pts | 1º Grêmio - 2.039 | |
| 2º Corinthians - 2.079 | 2º Corinthians - 1.998 | |
| 3º Flamengo - 2.039 | 4º Flamengo - 1.974 | |
| 4º Vasco - 2.031 | 3º Vasco - 1.981 | |
| 5º São Paulo - 1.997 | 5º São Paulo - 1.939 | |
| 6º Atlético-MG - 1.979 | 6º Atlético-MG - 1.922 | |
| 7º Palmeiras - 1.956 | 7º Palmeiras - 1.900 | |
| 8º Internacional - 1.942 | 8º Internacional - 1.863 | |
| 9º Cruzeiro - 1.891 | 9º Cruzeiro - 1.834 | |
| 10º Santos - 1.746 | 10º Santos - 1.695 | |
| 11º Fluminense - 1.658 | 11º Fluminense - 1.608 | |
| 12º Botafogo - 1.615 | 12º Botafogo - 1.567 | |
| 13º Goiás - 1.478 | 14º Goiás - 1.423 | |
| 14º Coritiba - 1.473 | 16º Coritiba - 1.419 | |
| 15º Guarani -1.470 | 13º Guarani - 1.429 | |
| 16º Sport - 1.463 | 15º Sport -1.422 | |
| 17º Portuguesa - 1.366 | 17º Portuguesa - 1.329 | |
| 18º Atlético-PR - 1.320 | 19º Atlético-PR - 1.270 | |
| 19º Bahia - 1.318 | 18º Bahia - 1.287 | |
| 20º Vitória - 1.291 | 20º Vitória - 1.238 | |
| 25º Ceará - 1005 | 25º Ceará - 965 | |
| 41º Avaí - 491 | 43º Avaí - 436 | |
| 52º Atlético-GO - 363 | 55º Atlético-GO - 326 | |
| 89º - Barueri - 132 | 105º Barueri - 82 | |
Um público de 32 mil pessoas, como o que foi ao Olímpico na tarde deste sábado para ver a despedida oficial do goleiro Danrlei, seria a segunda média do Brasileirão. Perderia apenas para as de Flamengo (40 mil) e Atlético Mineiro (38 mil). Comparada com a do próprio campeonato, seria quase o dobro. Ou seja: se Danrlei teve algum dia alguma dúvida sobre o tipo de sentimento que a torcida do Grêmio sempre nutriu por ele, ela desapareceu completamente na tarde festiva do Olímpico.
Danrlei organizou um jogo entre velhos amigos. Estavam todos lá: os campeões da Libertadores de 1995, velhos parceiros formando no outro time e os torcedores. Todos eles, os que estavam em campo e os da arquibancada, fizeram parte da vida do goleiro por longo tempo. O sábado marcou o reencontro, com direito inclusive a dois gols de Jardel, o grande goleador dos anos 90, um deles com passe de Paulo Nunes - outro dos heróis daqueles anos.
Danrlei foi o principal motivo, mas não foi o único. A torcida foi rever também um grupo de jogadores que foi responsável por uma das década mais vitoriosas da história do clube, a dos anos 90, quando o time enfileirou títulos brasileiros, de Copa do Brasil e de Libertadores. Depois disso, nunca mais houve um time tão vitorioso no Olímpico - e a torcida mostrou que sente saudade daquele período ao correr ao Olímpico e garantir um público de campeonato para um jogo festivo ( que terminou com vitória de 4 a 3 da turma de campeões).
No fim, emocionado, Danrlei agradeceu - mas todos os seus companheiros estavam emocionados.
Foi uma tarde para lá de especial.
Não deixe de conferir a entrevista concedida por Roger ao repórter Luís Henrique Benfica e publicada na edição impressa de Zero Hora deste sábado. Roger não faz segredo: sonha com sua volta ao Olímpico, onde viveu um período de afirmação técnica em 2008. Quando Benfica revelou que, apesar dos pedidos da torcida, os dirigentes não o querem por achar que não tem o estilo adequado para o Grêmio de 2010, além de ocupar o mesmo espaço de Douglas Costa, Roger reagiu com uma boa dose de ironia:
- Falaram o mesmo no ano passado e em seis meses virei ídolo da torcida.
Depois, para deixar os torcedores ainda mais inconformados com a decisão dos dirigentes, Roger ressaltou:
- Adoraria voltar. É um sonho que tenho.
Júlio Cordeiro
Por telefone, enquanto descansava em sua residência de Doha, Roger explicou ao repórter que, de qualquer maneira, só poderia voltar a uma cidade em que se adaptou, ao ambiente de que sua mulher Deborah Secco gosta, em junho do próximo ano. Só lá termina seu contrato com os árabes. Antes, seria preciso pagar alta indenização pela rescisão.
- Mas em janeiro já poderia assinar um précontrato - lembrou.
Enquanto vasculha o mercado em busca de reforços, o Grêmio já teria pronta a lista de dispensas. São seis jogadores que devem deixar o Olímpico em um primeiro momento: o meia Renato Cajá, os atacantes Perea, Herrera e Ricardo, o zagueiro Thiego, que atuará no Japão, e o volante Júlio César, cujo contrato se encerra.
O clube não divulga oficialmente a lista. Sobre contratações, o Tricolor está próximo de anunciar o meia Hugo e o atacante Borges.
Na semana que antecede o histórico jogo do Danrlei que vai contar com a presença do elenco bi campeão da América, e que comemoramos os 26 anos da conquista do Mundial, o Grêmio apresenta mais um lançamento para honrar e relembrar a nossa história.
"Dentro de sua filosofia de resgatar as glórias do passado, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense está lançando uma camisa retrô para comemorar a conquista do bi-campeonato da Libertadores de 1995.
A réplica fiel daquele uniforme vem nos números 7 de Paulo Nunes e a 4 do capitão Adílson.
Reviva aquela emoção e adquira sua réplica de 1995 na loja GrêmioMania do Estádio Olímpico Monumental pelo valor de R$ 95,00.
O sócio tem 5% de desconto." gremio.net
Bons tempos onde a discrição, simplicidade e beleza da camisa tricolor era a prioridade.
Valerie Karpin e Dimitri Popov, dirigentes do Spartak, chegam hoje ao Rio com a ideia de passar 10 dias, tomar um sol na praia, vasculhar o mercado e contratar. A ficha 1 do clube é o zagueiro Saimon, 18 anos, do Grêmio. Os russos ainda querem acertar o futuro de Rafael Carioca (foto), que deseja sair da gelada Moscou, voltar aos trópicos. O Vasco tenta o volante, mas um negócio entre os russos e Saimon, convocado para a Seleção Sub-20, poderia facilitar a volta de Rafael à Capital, ao Olímpico que tanta falta sente do volante.
Numa sala refrigerada do Hotel Sheraton, um cinco estrelas da Barra da Tijuca, o empresário Jorge Machado encontra hoje empresários do norte da Itália. O assunto é um só: a negociação do zagueiro Mário Fernandes. A ordem dos europeus é importar o jogador agora mesmo, na janela de janeiro.
O Grêmio só aceita negociá-lo por 15 milhões de euros. Caso contrário, o presidente Duda Kroeff nem convoca seu Conselho de Administração.
Foto: Daniel Marenco
Informações: Bola Dividida
O ex-jogador português Luís Figo recebeu uma camisa tricolor, na África do Sul, de presente do assessor da Vice-Presidência de Finanças do Grêmio Gilmar Machado. As informações são da coluna Informe Especial, de Túlio Milman, de Zero Hora.
Figo comanda a FootballDreamFactory – Fábrica de Sonhos do Futebol –, uma ONG que oferece oportunidades a jovens aletas. O clube presidido por Duda Kroeff é o seu único parceiro no Brasil.
O Grêmio esperava anunciar pelo menos três reforços no dia 6 de dezembro, ao final do Brasileirão. Porém, não foi possível. Os nomes eram Leandro, Hugo e Borges. Eles estavam "praticamente certos", mas alguns probleminhas acabaram atrapalhando.
No Japão, Leandro diz que não pensa em voltar ao Brasil agora, só com uma proposta excelente. Ou seja... fica bem distante.
Em São Paulo, Borges já deu adeus ao Morumbi e pode mesmo acertar, é o que está mais perto. Assim como Hugo, que só não volta para o Olímpico se aparecer outra proposta melhor, da Europa, pelo caminho.
O Grêmio corre riscos. Mas, certamente, com a chegada de Silas nesta quarta, as coisas vão andar mais. O novo técnico quer um bom time. Ele vai sentar com os dirigente para definir quem fica, quem sai e quem chega. Na semana que vem deveremos ter novidades.
Para o futebol do Grêmio, 2010 começa oficialmente nesta quarta-feira.
Silas chega de um rápido estágio com seu amigo Manuel Pellegrini, técnico do Real Madrid, e será oficialmente apresentado como técnico do Grêmio no Estádio Olímpico.
Ele terá então suas primeiras reuniões definindo planos da pré-temporada e dos primeiros desafios do ano.
Há o Gauchão, é verdade, mas o mais importante para o Grêmio será a Copa do Brasil. Silas vai saber disso.
Especialista na competição, o clube sabe que ela é um caminho curto e rápido para a Libertadores. Vai investir tudo na chance de ultrapassar as fases e garantir a vaga já no início do ano, para depois projetar com calma o resto da temporada.
O Grêmio, é bom não esquecer, foi o primeiro dos grandes clubes brasileiros a apostar fortemente na Copa do Brasil. Antes que os outros se dessem conta, ele já tinha garantido quatro títulos.
O goleiro Victor foi eleito pelo segundo ano consecutivo como o melhor goleiro do Brasileirão, em premiação realizada na casa de eventos Vivo Rio, no Rio de Janeiro. O arqueiro gremista venceu a concorrência com Marcos, do Palmeiras e Bruno, do Flamengo.
– Foi um ano excelente. Fui campeão da Copa das Confederações pela Seleção. Foi um ano de confirmação daquilo que fiz no ano passado. Fiquei feliz com o que pude apresentar – disse Victor, em entrevista para a SporTV.
Houve uma hora e 10 minutos, apenas uma hora e 10 minutos em um século inteiro, em que os colorados festejaram um sucesso do Grêmio. Passaram-se, esses 70 inéditos minutos, das 17h25min às 18h35min deste domingo, 6 de dezembro de 2009. Numa história de cem anos e 138 dias, que é a idade da rivalidade Gre-Nal, seria de se esperar que nada de novo acontecesse.
Aconteceu.
Aos 21 minutos do jogo do Maracanã, Douglas Costa cobrou escanteio da direita e o atacante Roberson se antecipou aos zagueiros, marcando 1 a 0 para o Grêmio e emudecendo os 84 mil flamenguistas ombreados nas arquibancadas do maior estádio do mundo. No Beira-Rio, a 1.553 quilômetros de distância, 32 mil colorados vibraram.
Sessenta segundos depois, na mesma marca de 21 minutos, Alecsandro fez o primeiro gol do Inter contra o Santo André. No Rio, a pequena torcida do Grêmio se lamentou tanto quanto se lamentou a grande massa do Flamengo.
Os resultados combinados davam ao Inter o título de campeão brasileiro.
No gramado do Maracanã, nada indicava que essa situação poderia mudar. O time misto que o Grêmio mandou a campo jogava bem, dominava o Flamengo, tocava a bola, era insinuante. Atrás, Mário Fernandes deixava evidente porque já é um dos melhores zagueiros do Brasil, apesar de ainda mostrar no rosto as cicatrizes das acnes de seus 19 anos. No meio, outro jovem talento, Maylson, combatia como se disputasse um título, deslocava-se, protegia a zaga, projetava-se para o ataque. Mais adiantado, Douglas Costa, ardiloso, esguio, agudo, tirava a drible o fôlego de zagueiros e torcedores do Flamengo.
Esses os destaques, mas todo o Grêmio atuou com galhardia. Marcelo Grohe praticou defesas impensáveis, Thiego foi sempre sério e concentrado, Leo foi um duríssimo marcador de Adriano, Adilson correu o tempo inteiro, e Roberson estava sempre ameaçando a defesa adversária.
Nem o gol de empate do Flamengo, autoria de David, aos 29 minutos, diminuiu a sensação de que, graças ao Grêmio, o Inter poderia, sim, ser campeão. Até porque, no Beira-Rio, Índio consolidava a vitória colorada marcando 2 a 0. Sete minutos depois deste gol, Mário Fernandes fez mais um para o Grêmio, mas o árbitro assinalou impedimento. O Grêmio seguiu atacando e, ao 43, Douglas Costa por pouco não ampliou.
Os quatro times, Grêmio, Inter, Flamengo e Santo André, desceram para os seus vestiários às 17h51min. Os mais de 110 mil torcedores nos dois estádios sabiam que, no quarto de hora que se seguiria, o Inter continuaria líder na tabela, virtual campeão. Quando a bola voltou a rolar, a esperança colorada prosseguiu em alta: aos dois minutos, Douglas Costa cobrou uma falta com perigo, quase gol, o Beira-Rio gemeu.
O Flamengo pressionava, mas o Grêmio se defendia com competência. As emissoras de TV exibiam imagens dos rostos tensos dos torcedores no Maracanã. A partida do Inter já ia pela metade, e Andrezinho marcou de falta os 3 a 0, aos 22 minutos. Todos no Beira-Rio só se interessavam pela partida do Maracanã. Os narradores das rádios contaram que Marcelo Grohe praticou uma defesa de Eurico Lara, de Mazaropi, de Danrlei, de Victor aos pés de Adriano, e os colorados aplaudiram. O Grêmio saiu para o ataque, mas o Flamengo retomou a bola.
Escanteio.
Na cobrança, Ronaldo Angelim estabeleceu, de cabeça, os 2 a 1.
O Maracanã uivou de alegria.
No Beira-Rio, colorados levavam as mãos à cabeça. Depois de um minuto de silêncio, voltaram a cantar e a incentivar o time, só que sem o mesmo entusiasmo daquela hora e 10 que havia se passado.
A noite começava a cair sobre Porto Alegre. No Rio, os flamenguistas ainda se angustiavam. O Grêmio não desistia. Atacava. Maylson perdeu um gol da pequena área, Douglas Costa entrou a drible na área e a bola lhe foi roubada no último momento, Marcelo Grohe impediu outro gol de Adriano.
Giuliano fechou o quarto gol, Nunes descontou de pênalti, mas o jogo de Porto Alegre não interessava mais. Nada interessava mais.
Encerradas ambas as partidas, o Inter festejou a classificação para a Libertadores, o Flamengo festejou o título e o Grêmio festejou a atuação digna num domingo cheio de perigos. Nas ruas da capital dos gaúchos, alguns motoristas faziam soar as buzinas de seus carros, rojões espocavam ao longe. Eram gremistas? Eram colorados?
Pela primeira vez, em cem anos, foi impossível de saber.
Texto de David Coimbra publicado em Zero Hora no dia 7/12/2009
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