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domingo, 27 de setembro de 2009

Grêmio vacila e leva virada do Goiás


A porta blindada do G-4 estava escancarada aos azuis no Planalto Central. O Grêmio vencia por 1 a 0. O melhor em campo, Iarley, disse "não" na tarde quente na qual Fernandão foi um modesto coadjuvante, substituído na segunda etapa.

Iarley comandou o Goiás, foi três em um, foi sangue, esforço e camisa na vitória de 2 a 1. Ajudou a virar o jogo. Postou seu time na vice-liderança do campeonato.

Os gaúchos se repetem na distância do Olímpico. Perdem quando encontram alguém que não seja o Náutico pela frente. O Serra Dourada é areia movediça. Afunda que não o conhece.

Falta vibração, pegada e determinação ao Grêmio fora do Olímpico. A derrota soa natural. Depois de tantas em 2009, mais uma é comum.

A derrota afasta outra vez o Tricolor (39 pontos) da zona da Libertadores, cinco pontos atrás do Inter (44), 11 do líder Palmeiras. Depois de duas boas partidas, elogiados seis pontos, outra queda num momento decisivo. Em 27 rodadas, o Grêmio nunca colocou o pé no estribo do G-4.

O Grêmio queixa-se do calor. Verdade, Goiânia mata o bom preparo físico. Assim como Hélio dos Anjos mostrou ao colega Paulo Autuori como dois alas de qualidade devem jogar, se posicionar, defender e atacar. Vitor e Júlio César navegaram pelas laterais gremistas com toda a liberdade que o esquema tático oferece, ao contrário de Tiego e Bruno que, presos na marcação, jamais cruzaram a linha média do campo. Jamis serviram os atacantes.

Ok, eles têm outras características, mas time sem bons laterais ou jogadores que façam a jogada pelas alas não funciona. Os atacantes morrem de fome, não são alimentados.

O Grêmio podia ter vencido o jogo ainda no primeiro tempo. Faltou ímpeto outra vez. Faltou a definição, a decisão.

No segundo tempo, o Grêmio caiu, foi envolvido, deixou de atacar e Autuori tirou um atacante, colocou um volante, depois tirou um volante e usou um lateral. Só fez piorar a realidade que já era um perigo.

Tcheco foi um nômade em campo, ao contrário do elétrico Souza, que marcou um golaço, mas depois abusou das jogadas individuais. Rochemback ainda busca a melhor forma física e uma maneira de acertar um passe, um lançamento. Por total falta de habilidade, o volante Adilson desperdiçou o gol da vitória na cara do goleiro. A inoperância de Herrera assusta. O isolamento do Maxi López preocupa.

O Palmeiras não tem mais time que o Grêmio, trocou de técnico no começo do Brasileirão, mas é líder. Por que? Porque é um time que se recusa a perder. É uma equipe determinada, corajosa, capaz de enfrentar qualquer adversário e qualquer situação. E conta ainda com o técnico mais competitivo do Brasil.

No Olímpico, em uma semana, o Grêmio espera o Sport, um dos piores times da competição. Jogo de três pontos, olho vivo no Atlético MG, que aguarda o Barueri, e no Inter, que viaja ao Paraná de Marcelinho Paraíba.

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