Falta talento aos dirigentes gremistas
Não é a primeira vez que o Grêmio ganha os jogos de casa e perde os de fora. Isso já tinha acontecido quando o treinador era Mano Menezes. Não se conhecia o mistério que cercava esse fenômeno, mas a coincidência agora é explicável: falta qualidade ao time de Paulo Autuori como faltava ao time de Mano Menezes.
No caso de Mano Menezes, essa falta de qualidade do Grêmio cobrou um tributo pesado: a perda por 5 a 0 nos dois jogos da finalíssima da Libertadores contra o Boca. No caso de Paulo Autuori, o tributo ameaça também ser pesado: quem não ganha fora acaba ficando excluído do seleto grupo dos que vão para a Libertadores.
E é fácil entrar na Libertadores, bastava que os dirigentes do Grêmio saíssem do marasmo e tivessem talento para contratar reforços.
Não tem explicação que o Grêmio não tenha trazido Marcelinho Paraíba de volta. E, quando Duda Kroeff assumiu a presidência, telefonei para ele e sugeri que comprasse Paulo Baier, do Goiás. Ele me respondeu que a chefia do departamento de futebol do Grêmio tinha alguma coisa contra a conduta particular deste jogador.
O que sei é que, se Paulo Baier tivesse vindo para o Grêmio, formaria com Tcheco uma notável dupla de meia-cancha. E o Grêmio estaria certamente no G-4.
Não é a primeira fez que falta talento aos dirigentes para alcançar um posto digno na tabela.
* Texto de Paulo Sant'Ana publicado na página 43 de Zero Hora de hoje
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