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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Finanças do Grêmio


No programa Show dos Esportes com Pedro Ernesto Denardin. O repórter Felipe Gamba entrevisou o vice de finanças do Grêmio, Irany Sant'Anna Jr., que deu um honesto panorama sobre o equilíbrio financeiro gremista, e as ações que estão sendo tomadas para resolver ou contornar os maiores problemas.

Como um profundo estudioso de finanças dos clubes de futebol do mundo, gostei de ouvir o dirigente gremista. Seguindo a linha do educadíssimo e competente Túlio Macedo, seu antecessor no mesmo cargo, Irany deixou claro a situação delicada do Tricolor Gaúcho mas abriu o jogo com relação as finanças e sobre os investimentos no futebol. Transparência é algo vital neste assunto, e o Grêmio conduz bem sua política financeira na gestão Duda Kroeff.

Disse que, por ser um clube de futebol, o time tem que investir em futebol para ter retorno em todas as áreas, aumentando as receitas ordinárias e também as eventuais, como venda de atletas valorizados. A eventual aquisição de Leandro será com recursos próprios do Grêmio.

Também falou que o tal investidor desistiu de gastar em Souza e o time teve que antecipar algumas receitas, fazendo o investimento integral na aquisição deste atleta. "Se não tivermos competitividade o futebol, não vamos conseguir pagar as dívidas", deixou claro Irany, filho de um ex-presidente gremista homônimo que comandou o clube na década 80.

Outra frase importante foi de que o Grêmio está com uma folha salarial de futebol superior ao que havia sido orçado. O valor do ano passado que passou pouco mais de 2 milhões no final da temporada e estava orçado em 2.2 milhões para 2009, está próximo a 3 milhões de reais mensais. Neste ponto eu acho que o Grêmio repete o mesmo erro do Internacional em 2007, sobretudo, com um time com sérias carências em alguns setores mas com salários elevados demais para o meu gosto e com justaposição de salários mal distribuídos sobretudo com reservas.

Com a chegada de Leandro e mais um ou outro reforço com salários expressivos de seis dígitos, deve superar esta marca de três milhões de reais mensais, deixando o Grêmio no mesmo patamar de Santos, Fluminense e Cruzeiro, atrás de São Paulo, Palmeiras, Internacional, Flamengo e Corinthians. Disse ainda que um percentual maior do que o previsto no condomínio de credores será destinado da renovação de contrato do material esportivo com a Kappa. O Grêmio já atrasou muitos pagamentos em 2009 deste assunto e por isto já antecipou totalmente as receitas de TV da temporada 2009.

Lembro que o último presidente gremista Paulo Odone aceitou uma proposta menor da Puma mas que dava mais dinheiro à vista no contrato anterior, também devido à caótica situação financeira.

Na Série B, o ex-presidente gremista assumiu publicamente em um Bate-Bola na TV-COM que o número de torcedores era quase insuportável para o jogo Grêmio 2x0 Santa Cruz em 2005 no quadrangular final.

Foram 44 mil pagantes e mais de 50 mil torcedores, público que não foi repetido nem em final de Libertadores. O objetivo era o máximo de dinheiro vivo possível sem estar sofrendo penhoras para pagar atletas e compromissos mais urgentes.

Ou seja, o Grêmio ainda vai passar muito tempo penando pela gastança de uma década atrás. E estes dirigentes que quase faliram o time nada sofreram.

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