As faixas da Geral do Grêmio sumiram. Por quê?
Sei tanto quanto o torcenauta que escreveu este e-mail:
“O que houve com a Geral do Grêmio? Aonde estão nossas faixas? Aonde estão nossas bandeiras? Aonde estão nossos trapos? No último jogo que a Geral pode entrar, a TV comentou sobre o trapo do Hugo De Leon, fazendo marketing de graça pra nós...Não sou membro da torcida, mas fui me informar no estádio e fiquei sabendo que a direção do Grêmio está levando para o lado pessoal o fato de a Geral não tê-la apoiado e está concordando com todas as exigências da Brigada Militar, coisa que o Odone não fazia.
Se a Geral ficar sem os trapos e sem as bandeiras, tenho que colocar na conta do Cacalo e do Koff, pois quem apoiou esta direção e colocou eles lá foram eles, grandes gremistas, mas escolheram estes incompetentes pra assumir o Grêmio... Sou sócio, não votei na última eleição e estou arrependido. Conversa com eles, diga pra eles pararem com essas rixas que estão prejudicando o Grêmio. Acho que a gente vai perder esta Libertadores, a mais fácil da história, pela incompetência deles. Como ganhar uma Libertadores sem a torcida estar fechada com o time ou com a direção, ou com um treinador chegando no meio do campeonato???
Lucas Provin”
Caro Lucas, não sei o que está acontecendo, gostaria que o Grêmio explicasse através da sua assessoria de imprensa. Mas acho que algumas coisas precisavam mudar. Por exemplo:
• A Geral vinha sendo dirigida de forma truculenta e eram frequentes agressões e ameaças. Inclusive contra jornalistas, sob a alegação de que não elogiavam, suficientemente, a torcida.
• Havia notícias de cobranças de pedágio para uso dos banheiros do Olímpico. Se aconteceu, uma monstruosidade.
• O Grêmio injetava recursos financeiros através da doação de ingressos e outras formas de financiamento, e esta política gerava brigas internas.
• Os seus líderes, além de disseminar a violência, já se julgavam autorizados, inclusive, a interferir nos treinamentos, como aconteceu algumas vezes.
Enfim, uma série de fatos negativos aconteciam sob o manto da impunidade e sob o patrocínio oficial do clube. Não creio que seja correto o clube se insurgir contra a Brigada Militar, que apenas procura proteger quem vai ao estádio só para prestigiar o Grêmio. Tampouco acredito que a atual direção esteja sendo revanchista. Afinal, nas eleições, a Geral se dividiu e muitos dos seus integrantes apoiaram os atuais dirigentes. O episódio mostra, inclusive, que torcida organizada não deveria tomar partido em eleições. Torcedor deve apoiar o clube e não partidos políticas. Esta, talvez, tenha sido uma lição que deve ser aprendida.
Sei também que a violência nos jogos do Grêmio sumiu. No lugar de agressões físicas e até atentados contra a vida com armas de fogo, tudo desapareceu. Tem havido paz nos jogos.
Seria interessante se os dirigentes informassem o modelo das novas relações entre a instituição e a Geral do Grêmio. Trata-se de uma torcida que revolucionou a maneira de torcer no Rio Grande do Sul. Sua esfuziante presença nos jogos do Grêmio sempre foi um espetáculo à parte. Infelizmente, um núcleo de torcedores menos civilizados desvirtuou os verdadeiros objetivos da Geral.
Tudo tem solução, se todos os envolvidos tiverem boa vontade.
Texto Publicado no Blog de Wianey Carlet
0 comentários:
Postar um comentário