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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Grêmio 1x1 Caracas, na Venezuela

A atuação não foi boa, mas valeu muito o resultado. O Grêmio empatou por 1 a 1 com o Caracas na noite desta quarta-feira, no Estádio Olímpico, na capital da Venezuela, e saiu de campo aliviado com a possibilidade de ir à semifinal da Taça Libertadores da América com uma vitória simples no duelo de volta, em Porto Alegre. O Tricolor levou um gol cedo, logo com dois minutos. Depois, padeceu até buscar o empate na etapa final, com Fábio Santos.

A partida teve momentos de comédia. Logo depois do gol do Grêmio, o sistema de irrigação do campo começou a funcionar, com água jorrando para tudo que era lado. Foi um balde de água fria na animação da torcida venezuelana, chamada de demônios vermelhos, que tentou transformar o estádio em caldeirão.

Com o resultado, o Tricolor precisa de qualquer vitória ou até de empate por 0 a 0 no Olímpico. Novo 1 a 1 leva a decisão aos pênaltis. O Caracas joga por triunfo ou então por igualdades a partir de 2 a 2. O jogo da volta pela Libertadores é dentro de três semanas, no dia 17 de junho. Antes, o clube gaúcho precisa voltar a pensar no Campeonato Brasileiro. No domingo, encara o Vitória em Salvador.

Gol cedo e péssimo rendimento

A torcida do Caracas foi em peso ao estádio e fez uma festa impressionante antes de a bola rolar, com fogos de artifício explodindo no céu e até lança-chamas nas arquibancadas. A execução do hino da Venezuela foi de arrepiar. E o começo do jogo, de apavorar. Com dois minutos, o Grêmio levou o gol. Era assustadoramente cedo.

O lance começou com uma falta cometida por Ruy no lado direita da defesa. Quem pegou a bola para a cobrança foi o zagueiro Rey, 34 anos. Ele mandou fechado, no primeiro poste. Cichero entrou feito uma flecha para subir mais alto do que a zaga tricolor e bater o goleiro Victor. A defesa do Grêmio, quase sempre sólida, vazou por cima.

O gol foi um aviso que o time de Paulo Autuori não conseguiu captar. A necessidade de melhorar a situação em campo não incrementou o rendimento tricolor. A zaga continuou batendo cabeça. Os laterais seguiram mais envolvidos do que envolventes. Adílson correu o tempo todo sem saber para onde ir. Tcheco e Souza estiveram muito abaixo da produção natural. Como consequência, o Grêmio foi atrapalhado na defesa e pobre na criação.

O fraco desempenho gremista pode ser parcialmente explicado pela ruindade do gramado. Esburacado, o campo impediu a bola de rolar do jeito que os gaúchos gostam. Mas para muitos aspectos, culpar o gramado é inventar desculpa. O posicionamento equivocado da zaga, por exemplo, nada tem a ver com o campo.

O Caracas está longe de ser um grande time. Mesmo assim, esteve mais perto de fazer o segundo gol do que de ceder o empate na etapa inicial. Os venezuelanos exploraram as jogadas aéreas, sempre com sucesso. Se os jogadores do time da casa tivessem melhor aproveitamento nas conclusões, os primeiros 45 minutos poderiam ter sido uma tragédia para o Grêmio. Aos 33, Figueroa fez boa jogada na direita e rolou para Cichero chutar forte, alto. Victor fez defesaça.

O Grêmio pouco ameaçou. A melhor chance saiu com Jonas, em cruzamento da direita que Maxi López não conseguiu aproveitar. O goleiro Vega pegou. De resto, lançamentos desesperados para o argentino, nada de infiltração pelo meio e investidas infrutíferas pelos lados. Pouco, muito pouco.

Empate e água neles!

O Grêmio melhorou um pouco no segundo tempo. Passou a ser menos ameaçado, ajustou a defesa e conseguiu tocar melhor a bola. O problema é que não conseguiu controlar o jogo. Rey, em cobrança de falta aos nove minutos, teve grande chance de ampliar. A bola ficou na barreira. O Tricolor ameaçou aos 17. Fábio Santos, dentro da área, mandou por cima.

O lance acordou o Grêmio. Souza cobrou falta, da entrada da área, no travessão. Aos 29 minutos, saiu o gol. Tcheco lançou com perfeição na área. Fábio Santos apareceu na segunda trave para completar de cabeça. A bola desviou no goleiro e entrou no cantinho. Os jogadores saíram correndo pelo campo, eufóricos com o empate. Foi aí que começou a chover de baixo para cima em Caracas.

Foi hilário. Alguns jogadores do Grêmio aproveitaram para refrescar a cabeça. Literalmente. Ruy colocou o rosto na direção do jato. Atrás do gol de Victor, uma pessoa pulou a placa de publicidade e direcionou a água para dentro de campo. O goleiro foi lá e retribuiu. Enquanto isso, Paulo Autuori dava pulos de indignação na beira do campo.

Com a situação resolvida, o Grêmio ainda teve chances de ampliar, mas não conseguiu. Tudo bem. Não dá para reclamar. Em uma noite de futebol ruim, colocar água no chope e no campo venezuelano já valeu a pena. A decisão será no Olímpico – com campo seco, sem buracos e, se tudo der certo, sem sustos.

Ficha Técnica:

Caracas: Vega, Romero, Rey, Barone e Cichero; Vera, Piñango, Figueroa (Guerra) e Gómez; Rentería (Prieto) e Castellín.
Técnico: Noel Sanvicente.

Grêmio: Victor, Léo, Rafael Marques e Réver; Ruy, Adílson, Tcheco, Souza (Túlio) e Fábio Santos; Jonas (Alex Mineiro) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.

Gols: Cichero, aos dois minutos do primeiro tempo; Fábio Santos, aos 29 do segundo tempo

Cartões amarelos: Tcheco, Léo e Ruy (Grêmio); Piñango e Darío Figueroa (Caracas)

Estádio: Olímpico Universitário, em Caracas (Venezuela). Data: 27/05/2009. Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai). Auxiliares: Miguel Ángel Nievas (Uruguai) e Marcelo Gadea (Uruguai).

Informações do Globoesporte.com

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